O Comércio do Porto

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sábado, setembro 10, 2005

NOVIDADES LITERÁRIAS ENTRE O DOCUMENTO E O HUMOR





Foi recentemente editado “Segredos do Código”, de Dan Burstein, aquele que é já considerado como o mais completo e bem fundamentado guia para compreender as questões levantadas em “Código da Vinci”, o bestseller de Dan Brown. Esta obra, editada pela DIFEL (16,50 euros), pretende esclarecer, definitivamente, quais são os factos históricos e o que é ficção no polémico romance de Dan Brown.
Para tal, o autor, que vai estar em Lisboa a 22 e 23 de Setembro, recorre as especialistas cujas obras inspiraram Dan Brown, tendo recolhido mais de 60 textos em livros, sites, ensaios e entrevistas. A ideia é dar respostas a dúvidas como a verdadeira identidade de Maria Madalena, se houve de facto ocultação do papel da mulher na História da Igreja, se Jesus foi casado com Maria Madalena e tiveram um filho e se Leonardo da Vinci e Isaac Newton pertenceram a sociedades secretas. Mas o objectivo de Burstein é permitir ao leitor tirar as suas próprias conclusões, depois de analisar os factos que lhe são facultados.
Jornalista de carreira, Dan Burstein já publicou diversos livros e artigos sobre os mistérios e as complexidades do futuro, mas abriu desta vez uma excepção e voltou-se para o passado.
“102 Minutos” é um livro-documento sobre os atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque. 102 minutos é o espaço de tempo desde o impacto do primeiro avião e o desmoronamento da segunda torre. A obra, assinada pelos jornalistas nova-iorquinos Jim Dwyer e Kevin Flynn, tem a chancela da Presença e custa 17,45 euros.
Este documento baseia-se numa pesquisa exaustiva que reuniu centenas de entrevistas com sobreviventes e salvadores, contando ainda com transcrições de telefonemas, contactos por rádio ou e-mails. É assim recriada a tragédia que resultou do maior atentado terrorista da História.

O regresso de Adrian Mole

Adrian Mole, personagem criada por Sue Townsend que se tornou famosa quando “escreveu” um diário aos 13 anos e ¾, volta ao convívio dos leitores agora que está prestes a entrar na meia-idade (34 anos e ¾).
Em “Adrian Mole e as Armas de Destruição Maciça”, a editar pela DIFEL a 21 de Setembro com o preço de 16 euros, o peculiar “herói” inglês vive num apartamento minimalista e trabalha como alfarrabista. Marcou férias para o Chipre, mas Tony Blair anunciou no Parlamento que as armas de destruição maciça podem ser activadas em 45 minutos e atingir o… Chipre. Adrian Mole fica obcecado em saber se consegue ser reembolsado das férias, mas também o preocupa o seu noivado com Marigold Flowers, as doenças provocadas pelas chicletes, as barreiras arquitectónicas e a morte. Para além disso não consegue encontrar uma celebridade para discursar no jantar de Natal do seu grupo de escrita criativa. E será que consegue dar uma reviravolta na sua vida, agora que está calvo e quase na meia-idade?
A escritora inglesa Sue Townsend, para além da série Adrian Mole, é também a autora dos livros “A Rainha e Eu” e “Número Dez”, todos editados em Portugal pela DIFEL.
Também num registo humorístico, a Presença lançou “A Year in the Merde – Um Ano em França” (14,96 euros), de Stephen Clarke. É um romance que, de forma hilariante, desmistifica os lugares-comuns sobre Paris e a França. O protagonista é um jovem britânico, Paul West, que vai para França lançar uma cadeia de salões de chá ingleses. Aceitou o desafio fascinado pelo lado romântico de trabalhar no país do charme, mas depressa se apercebe como é difícil sobreviver às idiossincrasias dos franceses.