Agente recusou receber queixa porque vítima não tinha identificação do agressor
A esquadra da PSP de Valbom, em Gondomar, foi palco de um episódio caricato hoje de tarde, altura em que um agente que ali estava de serviço recusou receber a queixa de uma vítima de agressão, porque esta não tinha o nome e a morada do agressor.
A vítima é uma jovem que foi agredida no seu local de trabalho por um homem, do qual sabe a alcunha e a matrícula, marca e modelo do carro em que este fugiu, depois de a ter agredido.
A alcunha do indivíduo foi fornecida por uma das várias testemunhas que se encontravam na empresa na altura da agressão. A matrícula, marca e modelo do carro foram anotadas pela própria vítima.
A jovem foi à esquadra da PSP de Valbom, onde foi atendida por um solícito agente, que tomou nota da sua identificação e da ocorrência. Aparentemente, tudo corria bem até a altura em que o solícito agente disse à jovem que "a queixa fica pendente, enquanto não tiver a morada e o nome do agressor". Surpreendida, a jovem perguntou o motivo de tal situação tendo então sido esclarecida pelo agente que se "tratava de um procedimento novo".
Neste ponto, OCOMERCIODOPORTO.BLOGSPOT.COM esclarece os leitores que quando alguém se queixa de uma agressão, é notificado para ir ao Instituto de Medicina Legal (IML) para ser observado por um perito legal.
O agente disse ainda à jovem lesada que não a poderia notificar para ir ao IML, porque não podia fazer a queixa sem a identificação do agressor: o nome e a morada deste.
O mesmo agente disse ainda à lesada para esta conseguir os dados pretendidos e voltar à esquadra até às 19h00 de hoje, caso contrário nada feito.
Atónita, a jovem voltou ao local de trabalho e, por uma extraordinária circunstância, conseguiu saber que alguém conhecia uma pessoa que, por sua vez, conheceria o suspeito da agressão. De pessoa em pessoa, a vítima conseguiu saber a identificação. Pelo menos, pensa que sim.
Já na posse do nome e morada do agressor, a jovem regressou à esquadra da PSP de Valbom onde voltou a ser atendida pelo mesmo agente. Nessa altura, forneceu-lhe os dados pretendidos. E foi só então que o agente lhe aceitou a queixa e a notificou para comparecer amanhã de manhã no IML.
Uma vez ao corrente do sucedido, OCOMERCIODOPORTO.BLOGSPOT.COM contactou o gabinete das Relações Públicas da PSP, onde foi informado que o agente deveria ter aceite a queixa de imediato e que tal procedimento era incorrecto.
Afinal, da primeira vez que a vítima foi à esquadra até tinha indicado a alcunha e os dados do carro do agressor. "A vítima até estava na posse de elementos que a maior parte das pessoas não tem. E mesmo que não tivesse qualquer dad sobre o agressor, a queixa teria que ser sempre aceite", salientou uma fonte das Relações Públicas.
O que, aliás, acontece com as inúmeras vítimas de roubos, por exemplo, que não conhecem os assaltantes e quando vão às esquadras apresentar queixa os polícias não lhes perguntam o nome e morada dos suspeitos.
Pelos vistos, o agente que ontem à tarde esteve de serviço na esquadra da PSP de Valbom desconhece algo tão básico como isto: uma vítima não precisa de saber o nome e a morada de um agressor ou assaltante para apresentar queixa.
O mesmo agente parece desconhecer também que não há horários fixos para que as pessoas vão às esquadras, pelo que a jovem vítima desta agressão poderia ter ido após as 19h00 e não ter andado numa agonia a tentar descobrir a identificação do agressor até ao horário estipulado pelo polícia. O agente deu-lhe as 19h00 como prazo limite, porque era o fim do turno dele.
O facto de estar um agente a atender o público, como acontece em quase todas as esquadras da PSP, é uma das consequências da falta de subchefes e/ou chefes, na corporação policial. Se tudo corresse como deveria de ser na PSP, o atendimento ao público deveria ser feito por pessoas com mais experiência como é o caso de subchefes e/ou chefes e não por agentes.
Mas a tão propalada falta de efectivos sente-se até nestes cargos, pelo que é muito frequente estarem agentes a atender o público.
Mas mesmo um agente tem a obrigação de saber os procedimentos básicos do seu trabalho.
O que não se espera é que, neste caso o agente da PSP de Valbom não saiba fazer o seu trabalho e induza em erro quem ali vai procurar ajuda.
Claro que da próxima vez que alguém for agredido ou assaltado, pode sempre pedir ao agressor, entre um murro e um pontapé, a sua identificação e morada. Nunca se sabe quem é que depois estará numa esquadra para receber uma queixa!!
Manuela Pinto
A vítima é uma jovem que foi agredida no seu local de trabalho por um homem, do qual sabe a alcunha e a matrícula, marca e modelo do carro em que este fugiu, depois de a ter agredido.
A alcunha do indivíduo foi fornecida por uma das várias testemunhas que se encontravam na empresa na altura da agressão. A matrícula, marca e modelo do carro foram anotadas pela própria vítima.
A jovem foi à esquadra da PSP de Valbom, onde foi atendida por um solícito agente, que tomou nota da sua identificação e da ocorrência. Aparentemente, tudo corria bem até a altura em que o solícito agente disse à jovem que "a queixa fica pendente, enquanto não tiver a morada e o nome do agressor". Surpreendida, a jovem perguntou o motivo de tal situação tendo então sido esclarecida pelo agente que se "tratava de um procedimento novo".
Neste ponto, OCOMERCIODOPORTO.BLOGSPOT.COM esclarece os leitores que quando alguém se queixa de uma agressão, é notificado para ir ao Instituto de Medicina Legal (IML) para ser observado por um perito legal.
O agente disse ainda à jovem lesada que não a poderia notificar para ir ao IML, porque não podia fazer a queixa sem a identificação do agressor: o nome e a morada deste.
O mesmo agente disse ainda à lesada para esta conseguir os dados pretendidos e voltar à esquadra até às 19h00 de hoje, caso contrário nada feito.
Atónita, a jovem voltou ao local de trabalho e, por uma extraordinária circunstância, conseguiu saber que alguém conhecia uma pessoa que, por sua vez, conheceria o suspeito da agressão. De pessoa em pessoa, a vítima conseguiu saber a identificação. Pelo menos, pensa que sim.
Já na posse do nome e morada do agressor, a jovem regressou à esquadra da PSP de Valbom onde voltou a ser atendida pelo mesmo agente. Nessa altura, forneceu-lhe os dados pretendidos. E foi só então que o agente lhe aceitou a queixa e a notificou para comparecer amanhã de manhã no IML.
Uma vez ao corrente do sucedido, OCOMERCIODOPORTO.BLOGSPOT.COM contactou o gabinete das Relações Públicas da PSP, onde foi informado que o agente deveria ter aceite a queixa de imediato e que tal procedimento era incorrecto.
Afinal, da primeira vez que a vítima foi à esquadra até tinha indicado a alcunha e os dados do carro do agressor. "A vítima até estava na posse de elementos que a maior parte das pessoas não tem. E mesmo que não tivesse qualquer dad sobre o agressor, a queixa teria que ser sempre aceite", salientou uma fonte das Relações Públicas.
O que, aliás, acontece com as inúmeras vítimas de roubos, por exemplo, que não conhecem os assaltantes e quando vão às esquadras apresentar queixa os polícias não lhes perguntam o nome e morada dos suspeitos.
Pelos vistos, o agente que ontem à tarde esteve de serviço na esquadra da PSP de Valbom desconhece algo tão básico como isto: uma vítima não precisa de saber o nome e a morada de um agressor ou assaltante para apresentar queixa.
O mesmo agente parece desconhecer também que não há horários fixos para que as pessoas vão às esquadras, pelo que a jovem vítima desta agressão poderia ter ido após as 19h00 e não ter andado numa agonia a tentar descobrir a identificação do agressor até ao horário estipulado pelo polícia. O agente deu-lhe as 19h00 como prazo limite, porque era o fim do turno dele.
O facto de estar um agente a atender o público, como acontece em quase todas as esquadras da PSP, é uma das consequências da falta de subchefes e/ou chefes, na corporação policial. Se tudo corresse como deveria de ser na PSP, o atendimento ao público deveria ser feito por pessoas com mais experiência como é o caso de subchefes e/ou chefes e não por agentes.
Mas a tão propalada falta de efectivos sente-se até nestes cargos, pelo que é muito frequente estarem agentes a atender o público.
Mas mesmo um agente tem a obrigação de saber os procedimentos básicos do seu trabalho.
O que não se espera é que, neste caso o agente da PSP de Valbom não saiba fazer o seu trabalho e induza em erro quem ali vai procurar ajuda.
Claro que da próxima vez que alguém for agredido ou assaltado, pode sempre pedir ao agressor, entre um murro e um pontapé, a sua identificação e morada. Nunca se sabe quem é que depois estará numa esquadra para receber uma queixa!!
Manuela Pinto
3 Comments:
At 26 agosto, 2005 00:49, O Outro said…
Que estupidez!
Aposto que era barrigudo, tinha bigode e nariz avermelhado... do bagaço...
Sinceramente, com estes policias quase que nao vale a pena apresentar queixa!
At 12 maio, 2014 21:30, Sônynha said…
Pois hoje tambem aconteceu algo inedito Em canidelo eu vi dois senhores agredirem um jovem a policia ia a passar e chamei o senhor que agrediu entrou no carro e saiu o policia mandou parar ele meteu a mão fora do carro e com o dedo fez lhe sinal de fixe, o policia levou o rapaz para a esquadra e nada fez pork era um miudo que por infelizmente perdeu o pai a pouco e ficou problematico fui a esquadra e disse ao agente que nao tinha gostado da atitude deles e eles respondeu me é mãe então nada feito, eu disse assisti e não axo bem e o agente respondeu me eu tambem olho para a rua e ela esta ali cheia de burracos tambem nao gosto mas! Agora pergunto para que serve esta policia ?? O meu filho assistiu e disse afinal mãe a policia não presta
At 11 janeiro, 2016 04:36, Formiga said…
fui agredido duas vezes e por duas vezes que a esquadra da maia recusou a queixa, escrevi para o ministerio da administraçao interna, o qual tirou satisfaçoes á ACAB , perdao, BOFIA, e , segundo os senhores DOUTORES (sim, doutores) devido a eu "ter" problemas psicologicos a queixa contra a esquadra foi ignorada.... uau!!!! queremos justiceiros na rua.... estou com a cara toda pisada, e com o dorso todo pisado tambem, amanha (hoje) vou á ordem dos advogados tentar a minha sorte....
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