"Só os fortes resistem, só os fracos desistem".
Queria que tudo fosse um pesadelo. Queria não ter de olhar para as vossas caras e ver o desespero encoberto de sorrisos que damos uns aos outros, para não termos de chorar novamente.
Queria hoje estar a marcar serviços, a fazer contactos e a discutir a primeira página de amanhã. Mas não é possível...
Escrevi tantas vezes que este jornal era feito de resistentes e cada vez o provamos mais.
Aqui, juntos na redacção, revelamos e construimos ideias que mostrem que não nos calaremos. NUNCA!
Tiraram-nos o que sabemos fazer, mas a nossa força e dignidade... NUNCA!
Tiraram-nos o tapete, caímos, mas depressa nos levantamos. E estamos aqui a falar convosco.
Queria que esta semana não tivesse sido a pior da minha vida. A pior das nossas vidas. Ouvi vezes demais "não há novidades, mas tudo indica que vai tudo correr bem". Senti o peso do mundo nas minhas costas. Ouvi vezes demais "Então? Há novidades?", para não ter resposta que vos consolasse...
E chegado o último dia, quando julgamos todos que não havia mais nada a fazer, encontramos dentro de nós uma força maior que tudo. Continuamos a lutar e isso enche-me de orgulho.
Queria agradecer o incansável esforço do Alfredo Maia, que tantas mensagens de força nos tem passado; a todos os nossos colegas de outros órgãos que insistem também em nos por nas notícias; às delegações do JN e de A Bola que nos vieram prestar solidariedade; e aos nossos colegas de A Capital que estão neste barco connosco.
Há uma claque de uma equipa de futebol que diz "Só os fortes resistem, só os fracos desistem". E sem dúvida alguma os primeiros somos nós!
Queria hoje estar a marcar serviços, a fazer contactos e a discutir a primeira página de amanhã. Mas não é possível...
Escrevi tantas vezes que este jornal era feito de resistentes e cada vez o provamos mais.
Aqui, juntos na redacção, revelamos e construimos ideias que mostrem que não nos calaremos. NUNCA!
Tiraram-nos o que sabemos fazer, mas a nossa força e dignidade... NUNCA!
Tiraram-nos o tapete, caímos, mas depressa nos levantamos. E estamos aqui a falar convosco.
Queria que esta semana não tivesse sido a pior da minha vida. A pior das nossas vidas. Ouvi vezes demais "não há novidades, mas tudo indica que vai tudo correr bem". Senti o peso do mundo nas minhas costas. Ouvi vezes demais "Então? Há novidades?", para não ter resposta que vos consolasse...
E chegado o último dia, quando julgamos todos que não havia mais nada a fazer, encontramos dentro de nós uma força maior que tudo. Continuamos a lutar e isso enche-me de orgulho.
Queria agradecer o incansável esforço do Alfredo Maia, que tantas mensagens de força nos tem passado; a todos os nossos colegas de outros órgãos que insistem também em nos por nas notícias; às delegações do JN e de A Bola que nos vieram prestar solidariedade; e aos nossos colegas de A Capital que estão neste barco connosco.
Há uma claque de uma equipa de futebol que diz "Só os fortes resistem, só os fracos desistem". E sem dúvida alguma os primeiros somos nós!
6 Comments:
At 31 julho, 2005 18:25, x said…
Não há muitas palavras para estes momentos. Fica o gesto. Um abraço e obrigado pela vossa lição de resistência.
At 31 julho, 2005 18:39, Anónimo said…
Durante cinco anos, também eu fiz do nº 352 da R. Fernandes Tomás a minha segunda casa. Mudei-me, mas pelos muitos amigos que deixei, uma parte de mim ficou por lá. No dia 30 vi a manchete que não queria ter visto e o vazio foi tão grande como no dia em que desci pela última saí pela última vez do jornal para traçar outros caminhos.
Hoje passei lá, olhei para a janela e senti um nó na garganta ao ver as secretárias vazias. Que seja por pouco tempo, espero eu. Força!
At 31 julho, 2005 19:23, Anónimo said…
Quando ouvi a notícia naquele jantar confesso que nem dei muita importância. Primeiro por não acreditar ser possível, segundo por estar habituado a ler este tipo de notícias de vez em quando, mais ou menos de três em três anos, se não estou em erro.
O que é certo é que foi tudo muito rápido, tão rápido que eu acho que continuo a não acreditar, e ainda estou à espera que o meu pai chegue com o COMÉRCIO debaixo do braço, como me habituei a vê-lo fazer nos últimos anos.
O que é certo, é que hoje isso não aconteceu e é uma angústia enorme não saber quando vai voltar a contecer. Não só pelo egoísmo de precisar de o voltar a ler, mas também pela incerteza que passou a reinar na vida de muitos colegas e amigos.
Jamais esquecerei aquele sexto andar, onde acolheram este miudo - que continua a gatinhar - de braços abertos e com um sorriso enorme de simpatia.
Depois de ler-te, cheguei à conclusão de que, ao contrário daquilo que pensava, cheio de presunção, não sou assim tão resistente. Ao primeiro sinal de dificuldade ou inadaptação, não sei bem, virei costas e desci aquele elevador - que fazia questão de parar em todos andares -para regressar só quando as saudades apertavam e precisava de ver as vossas caras outra vez.
Realmente, só os fortes resistem e hão-de ficar na memória e no coração de todos.
No meu, espero que não tenham dúvidas de que sempre estiveram, estão e estarão. Contem comigo para tudo.
At 31 julho, 2005 21:31, Anónimo said…
De que é que estavam à espera de um director (Rogério Gomes) que berra aos jornalistas com ameaças de despedimento, e os obriga a trabalhar horas a mais sem reivindicar um aumento junto da administração?
O Rogério Mercenário Gomes foi para O Comércio governar-se com 6.500 euros/mês. O dobro dos exemplares que o jornal vendia antes de ser enterrado por ele e por causa dele.
At 01 agosto, 2005 02:12, Anónimo said…
põe-te a agradecer ao Maia que só não vos enterra se não puder.
At 01 agosto, 2005 09:24, AM said…
Meus amigos
Um grande abraço de solidariedade.
Até sempre.
António Moreira
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